quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Casa Aberta: Arte para Todos

No dia 16 de outubro a Fundação Cultural de Joinville(FCJ)/ Casa da Cultura realizou a primeira edição do Projeto Casa Aberta: Arte para Todos, com objetivo de promover a inclusão sócio-cultural da pessoa com deficiência, seus familiares e comunidade.

Este evento conta com a parceria da ACE/FGG, UNIVILLE e COMDE, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

Alunos dos Cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Psicologia, Pedagogia e Fisioterapia da ACE/FGG, conduziram as aulas práticas, junto com estudantes de artes visuais da UNIVILLE.

No dia 27 de novembro será a segunda edição e como destaque na programação, estão previstas palestras, oficinas de artes e show de talentos.





quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Terapia Ocupacional nas Empresas


A Terapia Ocupacional contribui nas empresas com 3 níveis de atuação tais como:

No Nível Primário ou Preventivo o Terapeuta Ocupacional busca analisar o processo de trabalho, conhecendo detalhadamente a função de cada trabalhador sugerindo aos responsáveis pela empresa ou instituição, quando necessário, a modificação no processo do mesmo (ambiente, organização, rotina, mobiliário, etc). Este trabalho é realizado sob a supervisão do Terapeuta Ocupacional no ambiente de trabalho e sob a forma de palestras educativas, informativas, conscientizando o funcionário sobre a importância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), sobre patologias relacionadas ao trabalho e de uma postura adequada na realização do mesmo. Neste nível o Terapeuta Ocupacional utiliza-se de um programa de atividades terapêuticas como ginástica laboral, dinâmicas de grupos, exercícios de alongamento e relaxamento visando a prevenção ou diminuição de acidentes e doenças ocupacionais, promovendo uma melhor relação interpessoal (trabalhadores x trabalhadores, trabalhadores x empresa), proporcionando momentos de satisfação, recarga do potencial energético, lazer e auto-conhecimento, aumentando assim a produtividade, a motivação, a diminuição do absenteísmo e vencer situações geradoras de stress.

No Nível Secundário ou Curativo o Terapeuta Ocupacional realiza uma avaliação do trabalhador, observando aspectos como dor, limitação da amplitude de movimento (ADM), presença de encurtamentos, força muscular (FM), coordenação motora e níveis de stress, objetivando o interesse pela atividade que exerce, trabalhando os aspectos alterados através do processo terapêutico individual e/ou grupal, utilizando atividades auto-assistidas, ativas e ativo-resistidas, atividades auto-expressivas, lúdicas, artesanais, alongamentos, relaxamentos, além de orientações para as atividades de vida diária e de vida prática. Quando o trabalhador se encontra neste nível deve ser afastado do trabalho ou remanejado para realizar outra atividade. No processo Terapêutico Ocupacional, devemos proporcionar ao homem não só a recuperação do corpo, naquilo que for possível, mas antes de tudo de si mesmo.

No Nível Terciário ou Reabilitador o Terapeuta Ocupacional trabalha aspectos alterados, contribuindo para a prevenção de deformidades e para a manutenção da capacidade residual, promovendo, quando necessário a troca de lateralidade, indicando junto ao trabalhador e à equipe uma nova função (readaptação/remanejamento), ou a indicação de órteses ou próteses que facilitem o desempenho das diversas atividades como as atividades de vida diária (AVD) e atividades de vida prática (AVP), o Terapeuta Ocupacional acompanha cada trabalhador a nova e/ou antiga função.

http://www.profala.com/artto10.htm

Terapia Ocupacional e Hospitalização Materno infantil


A hospitalização é um período traumático para criança, onde parece ficar esquecido sua necessidade por um espaço físico, atividades e atenção adequada à sua faixa etária. Podendo comprometer seu desenvolvimento normal, devido à mudanças em sua rotina e ao processo de adaptação à nova realidade que seria a Rotina hospitalar: exames, procedimentos dolorosos, horários, visitas, etc.

A criança deixa para trás o seu mundo: os pais, a casa, os irmãos, a escola, os amigos, os bichos de estimação, os brinquedos. Os acompanhantes, em sua maioria as mães, estão presentes, mas há angústia em seus semblantes, a internação é um momento no qual, além da doença, vivenciam momentos dolorosos, causando medo e emoções de sofrimento ou morte.

Partindo dessas alterações, ocorridas repentinamente na vida da criança, é importância incluir uma assistência adequada e que visem, através de ações lúdicas, minimizar os efeitos da hospitalização e prevenir sofrimentos mentais (psicológicos).
Utilizar o lúdico como recurso terapêutico, proporciona às mesmas o direito de brincar e a continuidade do seu desenvolvimento nas áreas física, afetiva, cognitiva, pessoal e social. Favorece também uma melhora na qualidade de vida dessas crianças, facilitando a prática da equipe multidisciplinar.

Dentre possíveis estratégias utilizadas pela criança para enfrentar o processo da hospitalização, encontra-se o brincar e a leitura, sendo essas práticas próprias de seu momento de vida, nas quais ela descobre, experimenta, inventa, exercita e confere suas habilidades, além de terem estimuladas a criatividade, a iniciativa e a autoconfiança.

O recurso lúdico disponibilizados, não impede que a criança vivencie momentos dolorosos, mas possibilita que ela libere sentimentos de raiva e hostilidade provocados pelo tratamento e por suas conseqüências. Dessa forma, colabora-se para que a criança possa ampliar seus conhecimentos sobre o seu corpo e os procedimentos terapêuticos a que será submetida.

Com atividades que possuam uma seqüência, começo, meio e fim, com o propósito de educar e informar as crianças sobre a necessidade das regras na vida.

A Terapia Ocupacional tem como objetivo a aproximação entre todas as pessoas envolvidas no processo de hospitalização, contribuindo para a humanização e o enriquecimento do ambiente hospitalar, proporcionando alegria com a implantação de algo novo na rotina das crianças hospitalizadas, estimulando à se tornar mais independente, além de estimular sua comunicação e a melhor aceitação do tratamento.

Crianças de zero a dois anos: Essa fase é propícia para os estímulos visual e sonoro, para a qual são importantes: brinquedos coloridos, que se movimentam, sonoros e de pano. Livrinhos com figuras coloridas e de montagem chamam a atenção e divertem as crianças e seus acompanhantes.
O importante é valorizar os campos visual e auditivo, aspectos importantes para a aprendizagem, e não esquecer que, nessa fase, a criança recebe informações através dos sentidos, levando tudo à boca, aumentado o cuidado da equipe e dos acompanhantes, tendo em vista o momento de vida.
Nesse período, as crianças gostam de manipular objetos - retirar, colocar, atirar, empilhar, entre outras atividades -, tornando-se importante oferecer muitos materiais para isso.

Crianças entre 2 e 12 : Nessa fase, as crianças começam a relacionar tudo o que acontece ao redor com seus sentimentos e ações. A linguagem verbal se desenvolve bastante, a criança quer saber o nome de tudo e define as coisas pela sua função. Começa o interesse pela leitura, e há o gosto de reconhecer figuras. O faz-de-conta se faz presente, reproduzindo o seu cotidiano.
Coelho (2000: 15 e 35)15 afirma que: A literatura infantil e, principalmente, os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta. O maniqueísmo que divide as personagens em boas e más, belas e feias, poderosas ou fracas, etc., facilita, à criança, a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou do convívio social.
Essa afirmação nos faz entender que, ao lermos uma boa narrativa, de alguma forma, sabemos que, naquele momento, estamos recebendo informações de outra ordem e que, através das histórias, somos capazes de viver muito além da nossa realidade. Enquanto acompanhamos os encontros e desencontros dos personagens, temos a oportunidade de refletir sobre os nossos próprios problemas, solidificando, assim, a idéia de que crianças hospitalizadas precisam se abstrair do momento em que vivem.

Os pacientes de 12 anos em diante demonstraram inicialmente mais timidez. O interesse pelos contos de fadas e pelas sagas ainda é evidente nessa fase, mas também começa a surgir o anseio pelas aventuras.

O jogo, como recurso integrador, é fundamental para despertar o interesse da criança. À medida que joga, ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo e desenvolvendo habilidades operatórias. Ela vai reconhecendo suas possibilidades e desenvolvendo, cada vez mais, a autoconfiança.

Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis: jogo de exercício, jogo simbólico/dramático, jogo de construção e jogo de regras. A importância do jogo de regras, segundo o autor, se dá quando a criança aprende a lidar com a delimitação - no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida -, com o que pode ou não pode fazer, garantindo, assim, uma certa regularidade que organiza a ação, tornando-a orgânica.

Para as crianças hospitalizadas, esse reconhecimento da delimitação do espaço e do tempo e o respeito às regras, seja através do jogo, seja dos livros infantis, torna-se imprescindível, tendo em vista as restrições do tratamento. Observa-se que o encanto pelos livros é intenso, principalmente pelos contos de fadas.

Para Bettelheim, o conto de fadas ajuda a nos entendermos melhor, transmitindo à criança uma compreensão intuitiva e subconsciente de sua própria natureza e do que o futuro pode lhe reservar se ela desenvolver seus potenciais positivos. O autor afirma ainda que a criança, com os contos de fadas, percebe que o ser humano, neste nosso mundo, tem de aceitar desafios difíceis, mas, por outro lado, pode também vivenciar aventuras maravilhosas.

Acredita-se que ainda há muito por se fazer nessa área da hospitalização infantil, como, por exemplo, trabalhar as questões da socialização, da integração e da própria inclusão. Procurou-se desmistificar o pavor da rotina hospitalar, transformando-a em brincadeiras lúdicas, que podem ajudar a criança a aliviar e resolver conflitos e até lidar com eles, assim como conversar com naturalidade com crianças e pais, reduzindo o medo e a angústia originados pela doença e pelos períodos de internamento.


Referências
1 Rossit RAS, Kovacs, ACTB. Intervenção essencial de terapia ocupacional em enfermaria pediátrica. Cad Terap Ocup UFSCar. 1998; 7: 58-67. [ Links ]
3 Terra MR. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em URL: http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005. htm [2005 jul 15]. [ Links ]
4 Coelho NN. A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade. In: Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna; 2000. Pt.1: p.14-45. [ Links ]
5 Bamberger R. Como incentivar o hábito de leitura. 4 ed. São Paulo: Ática; 1988. [ Links ]
6 Zacharias VLCF. O jogo simbólico. Disponível em URL: http://www.centrorefeducacional.com.br/ojogosim.html. [2004 out 17]. [ Links ]
7 Bettelheim B. Sobre a narrativa dos contos de fadas. In: A psicanálise dos contos de fadas. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2002. p. 185-91. [ Links ]
8 Meirelles S, Oliveira AL. Porque as histórias são importantes para a saúde das crianças. [São Paulo]:Fundação Abrinq; [2002]. [ Links ]
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Amputação e Reabilitação



A reabilitação poderá ser composta por uma equipe multidisciplinar.

O Terapeuta Ocupacional e o Fisioterapeuta são profissionais que permanecerão com você provavelmente durante longo período, quase que diariamente, até que encerre sua reabilitação física, com ou sem prótese.

Desenvolverão em você, melhora de suas potencialidades, treinando-o para que volte a desempenhar o mais próximo possível da normalidade todas as atividades de vida diária.

Realizaram seu treinamento com prótese (membro artificial), para que você consiga andar sozinho, ou fazer atividades com os braços.

O Fisioterapeuta atua mais com amputados de membros inferiores (pernas), enquanto o Terapeuta Ocupacional mais com os de membros superiores (braços).

http://www.proreabilitacao.com.br/pdfs/guia_pratico.pdf

Amputação

É fundamental e indispensável que a pessoa se aceite, para que tenha uma vida de melhor objetividade e possa exercer sua cidadania plena.

O membro doente (perna / braço) que você tinha, prejudicado esteticamente, por exemplo, por deficiência da circulação sanguínea, dor intensa, coloração alterada, não permitindo você andar, inflamado ou infectado, se não fosse amputado no momento certo (após todas as tentativas de tratamento para manutenção do mesmo), causaria certamente danos graves para outras regiões / órgãos do corpo. Então a RESTAURAÇÃO foi providenciada pelo cirurgião, no momento certo, com responsabilidade profissional, quando o risco de morte seria uma ameaça para você.

A reflexão primordial pauta-se em três (3) fatores a serem inicialmente trabalhados, e que são de fundamental importância para êxito do programa de Reabilitação e para aceitação da situação:

1. FAMÍLIA: Sem dúvida o fator mais importante - A essência da estabilidade Família estruturada, onde todos apóiam e se preocupam com cada um e vice-versa, onde o respeito e carinho fazem parte do sentimento diário de todos, certamente será o melhor remédio. Busque seus familiares, confie neles, manifeste seus medos e inseguranças, peça ajuda, porque é no lar que tudo pode se resolver, da melhor forma possível, com sua ajuda e sua iniciativa. Muito das soluções dos seus problemas, estão em suas mãos, a iniciativa terá que ser sua principalmente.

2. EMOCIONAL: É normal a tristeza e às vezes revolta, incerteza, ansiedade, angústia ou depressão, encontrarem terreno fértil para alterar o equilíbrio emocional, frente à possibilidade de amputação em um membro.
Não deve ser normal, e devemos impedir que seja normal, a “alimentação” constante ou permanente de pensamentos negativos e sentimentos de “menos valia” que, tornando-se duradouros, prejudicam e fragilizam a auto-estima.
O comprometimento emocional que consideramos normal, é aquele aceitável temporariamente, e com sinais clínicos leves ou até moderados, mas sempre temporários. O “tempo” varia em cada pessoa, não existe um limite matematicamente preciso, porém podemos sugerir um sinal de alerta para a busca de ajuda, se após 1 ou 2 meses da amputação há evidência de quadro depressivo significativo. Havendo necessidade de ajuda emocional, dependendo do seu perfil e variáveis, como por exemplo, idade, domicílio / moradia, acessibilidade, outros, aconselhamos o que for mais prático ou viável a você: conversar suas dificuldades inicialmente com seus familiares, mas também (se necessário) com seu médico / membro da Equipe de Reabilitação com quem tenha mais afinidade / com quem você esteja fazendo o tratamento físico (fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional) / solicitar uma avaliação Psicológica ou Psiquiátrica / outras opções. As palavras chaves nesta situação são: conversar, se comunicar, procurar (ajuda). O importante é você perceber que necessita de ajuda; não havendo necessidade de ajuda (extra) do ponto de vista emocional, siga em frente no caminho da Reabilitação, parabéns por não ter permitido seu enfraquecimento interior, parabéns por ter conseguido equilibrar-se nos momentos difíceis pelos quais passou ou passa, e parabéns por estar buscando sua plena Reabilitação.

3. FÍSICO: Entre os 3 fatores que constituem os “pilares de sustentação”, este é técnico, concreto, visível e palpável pela pessoa com amputação e pelos outros que o olham com tanta curiosidade.
Na realidade é o coto de amputação, os sintomas que o afetam, os procedimentos empregados no tratamento, os auxiliares de locomoção e próteses, a acessibilidade aos Serviços de Reabilitação e às Instituições Previdenciárias, a Reabilitação Profissional, trabalho e emprego. São providências que a pessoa com amputação, precisa resolver, precisa fazer, precisa buscar, precisa cumprir seus deveres e exigir seus direitos, exercer a cidadania plena, motivo pelo qual precisa trabalhar bem primeiramente no âmbito familiar e no seu emocional.


Principais causas de amputações:

1. Vascular ou Circulatória: Comprometimentos de circulação sanguínea em veias, artérias ou em vasos linfáticos dos membros;

2. Traumática: Acidentes de qualquer natureza, automobilísticos, elétricos, soterramentos, queimaduras elétricas, projéteis de armas de fogo, outras.

3. Tumoral: Tumores ósseos ou em tecidos moles, de natureza maligna – câncer;

4. Inflamatória / Infecciosa: De qualquer natureza, como por exemplo: Hanseníase, Doença de Hansen, Lepra, osteomielite pós-fraturas, picada por animais peçonhentos (cobra), pós queimaduras graves em tecidos causadas pelo frio ou calor (fogo).

5. Congênita (criança nasce com membro deformado ou ausente).

O que é coto e o que é prótese?
COTO é o que restou do membro que foi amputado. O coto pode ser curto, médio ou longo. PRÓTESE é um aparelho Ortopédico, o “membro artificial” que será adaptado sobre o coto; vai substituir o membro natural ou parte dele que foi amputado. Popularmente, prótese é conhecida como “braço ou perna mecânica”. Esclarecendo que REABILITAÇÃO DE AMPUTADOS não é sinônimo de PROTETIZAÇÃO, todas as pessoas com amputação necessitam de REABILITAÇÃO, mas nem todas de PROTETIZAÇÃO.

http://www.proreabilitacao.com.br/pdfs/guia_pratico.pdf

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Terapia Ocupacional no tratamento da Paralisia Cerebral


TRATAMENTO


A dinâmica do trabalho da Terapia Ocupacional se dá através de anamnese junto à família.

A avaliação da criança com Paralisia Cerebral em Terapia Ocupacional envolve os aspectos: cognitivo, emocional, comunicação, coordenação motora global e fina, habilidades manuais (preensão, atividades bimanuais, dominância manual, força muscular, uso funcional dos membros superiores), integração perceptivo-sensorial (percepção tátil, controle visual, percepção auditiva), habilidades sociais, grau de independência nas Atividades de Vida Diária (alimentação, higiene, vestuário).

O ponto de partida da avaliação é a atividade da criança em relação ao ambiente.
Na Paralisia Cerebral, a ênfase é dada às reações posturais, habilidades motoras e organização da criança diante das atividades e situações.

O plano de tratamento é baseado na avaliação inicial, nas necessidades individuais. Na Paralisia Cerebral, existem particularidades de tratamento (princípios norteadores) de acordo com os tipos de paralisia cerebral: espástica (quadriplegia, diplegia, hemiplegia), atetóide, atáxica.

Mas, em geral, a Terapia Ocupacional atua no sentido de aumentar o grau de funcionalidade global, conduzindo a criança para novas aprendizagens, dentro dos objetivos traçados na avaliação.

De acordo com o método Bobath, o brincar é o trabalho da criança, e é onde a criança pratica habilidades e ensaia papéis. Conforme o brincar se desenvolve, torna-se organizador das habilidades. O sucesso da criança reforça a repetição e providencia as bases para a aprendizagem e o desenvolvimento. O brincar leva ao domínio de muitas habilidades necessárias para o crescimento e a vida adulta.

Desta forma, as brincadeiras são integradas aos objetivos do tratamento em Terapia Ocupacional, e serão propostas atividades para encorajar a criança a desenvolver novas habilidades.

Alguns princípios gerais de tratamento na Paralisia Cerebral podem ser delineados, como:

- Preparação para a função: alongamento da musculatura encurtada, motivado sempre por uma tarefa, mobilidade a partir dos pontos chaves facilitando posturas adequadas, alinhamento corporal, regulação do tônus, controle motor e facilitação do desenvolvimento normal.

- Estruturação do ambiente, permitindo sua exploração pela criança.

- Desenvolvimento de hábitos independentes para brincar ou trabalhar, preparando a criança para a escola, vida social. As AVDs representam um papel fundamental no trabalho da Terapia Ocupacional.

Neste trabalho é importante levar em consideração os recursos disponíveis da casa e as necessidades da criança e da família, para a confecção de adaptações.

São observados pontos como: o tipo de habitação, como a criança pode se locomover no seu espaço, como dorme, onde brinca, como é o banheiro, onde estão suas roupas, onde toma suas refeições, quem brinca com a criança em casa e onde brinca, se vai ao quintal, aos vizinhos, ao supermercado, etc.

Finalmente, o trabalho da Terapia Ocupacional estende-se também à orientação escolar, pois a criança com paralisia cerebral necessitará de adaptações, assim como a escola poderá ter que fazer algumas modificações na sala de aula, banheiros, pátio.
Atualmente, com a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares, torna-se importante capacitar a escola para receber estas crianças. O terapeuta ocupacional pode orientar a equipe escolar em relação às adaptações necessárias a cada caso, por exemplo: cadeira com braços, apoio para os pés, barras na lousa e nos banheiros, engrossadores de lápis, tapetes antiderrapantes na cadeira, fixação do papel ou caderno na mesa ou carteira.

Além das possibilidades de adaptação do mobiliário e do ambiente, é fundamental também a orientação quanto ao posicionamento correto ao sentar, ao ser colocada em pé, apoio dos membros superiores, a facilitação de posturas que inibam reações associadas que podem prejudicar a realização das atividades propostas.


Referências Bibliograficas:

Site acessado em 11/09/2007: http://www.niee,ufrgs.br/hpmoise/body_pc.html.
Site acessado em 11/09/2007:
http://www.cruzverde.org.br/ParalisiaCerebral/paralisiacerebral.html
Site acessado em 11/09/2007:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/bobath2.htm
ZUHRT, Renate. Desenvolvimento Motor Da Criança Deficiente.Editora Manole Ltda. 4 ed. São Paulo, 1983.
FATTINI, A. C.; DANGELO G.J. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Editora Atheneu, 2ª edição, São Paulo, 2001.
O' SULLIVAN, B. S; SCHMITZ, J. T. Fisioterapia, Avaliação e tratamento. Editora Manole LTDA. 2ª Edição, São Paulo, 1993.
CAMPION, R. M. Hidroterapia princípios e prática. Editora Manole LTDA. 1ª Edição, São Paulo, 2000.
SCHWARTZMAN, José Salomão. Paralisia Cerebral. In: Temas sobre Desenvolvimento. São Paulo, v.3, n.13, p.4-21, 1993.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Deficiência Física: Paralisia Cerebral Infantil publicado 20/11/2008 por Evandro Caversan de Godoy em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/11558/1/Deficiencia-Fisica-Paralisia-Cerebral-Infantil/pagina1.html#ixzz0t1W

Paralisia Cerebral

A Paralisia Cerebral significa o resultado de um dano cerebral, que leva á inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo.

Causas peri –natais: Problemas podem ocorrer durante o nascimento que podem ser Agente de Lesões encefálicas, sendo este o problema mais comum na etiologia da Paralisia Cerebral.

Dentre os fatores Pós-natais estão as doenças infecciosas tais como meningites e encefalites, distúrbios vasculares, traumas e tumores cerebrais

De acordo com o tipo de envolvimento neuro-muscular podem ser caracterizadas como: espasticidade, atetose, atáxia, tremor, rigidez, hipotonia entre outros.

Destes os três primeiros são os mais encontrados na prática.

Característica de criança espástica: Apresenta um tônus que é predominantemente alto. A movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.

Característica criança atetóide: Apresenta sempre um tônus muscular instável eflutuante. Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária. São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal á hipertonia ou vice-versa.

Característica criança atáxica: Caracteriza-se por transtornos de equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação em atividades musculares voluntárias.

De acordo com os membros atingidos pelo comprometimento neuro-muscular podemos ter:

Grupo das displegias: Onde as crianças apresentam um comprometimento maior das extremidades inferiores.

Grupo das quadriplegias: Apresentam um comprometimento do corpo todo.

Grupo das hemiplegias: Apresentam um dimídio (lado) do corpo comprometido.






















Já de acordo com o grau de incapacidade podemos ter: leve, moderado e severo.


REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Site acessado em 11/09/2007: http://www.niee,ufrgs.br/hpmoise/body_pc.html.
Site acessado em 11/09/2007:
http://www.cruzverde.org.br/ParalisiaCerebral/paralisiacerebral.html
Site acessado em 11/09/2007:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/bobath2.htm
ZUHRT, Renate. Desenvolvimento Motor Da Criança Deficiente.Editora Manole Ltda. 4 ed. São Paulo, 1983.
FATTINI, A. C.; DANGELO G.J. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Editora Atheneu, 2ª edição, São Paulo, 2001.
O' SULLIVAN, B. S; SCHMITZ, J. T. Fisioterapia, Avaliação e tratamento. Editora Manole LTDA. 2ª Edição, São Paulo, 1993.
CAMPION, R. M. Hidroterapia princípios e prática. Editora Manole LTDA. 1ª Edição, São Paulo, 2000.
SCHWARTZMAN, José Salomão. Paralisia Cerebral. In: Temas sobre Desenvolvimento. São Paulo, v.3, n.13, p.4-21, 1993.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Deficiência Física: Paralisia Cerebral Infantil publicado 20/11/2008 por Evandro Caversan de Godoy em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/11558/1/Deficiencia-Fisica-Paralisia-Cerebral-Infantil/pagina1.html#ixzz0t1WmAfpq

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Terapia Ocupacional no tratamento do Acidente Vascular Cerebral

Dentre alguns objetivos gerais, destacam-se:

- Prevenção e correção de deformidades.
- Melhoria da função sensitivo-motora.
- Melhoria da função física no hemicorpo afetado, ao máximo grau.
- Melhoria da destreza e habilidade no hemicorpo são.
- Melhoria da capacidade funcional nas atividades pessoais e da vida diária, utilizando se necessário adaptações que permitam independência.
- Estimulação da capacidade para o pensamento organizador e abstrato.
- Estimulação da capacidade para as tarefas domésticas com ou sem uso de adaptações visando uma progressiva independência.
- Estimulação das funções cognitivas afetadas.
- Melhoria da função da comunicação diante de uma possível afasia.
- Desenvolvimento de aptidões vocacionais e/ou profissionais através da simulação do trabalho.
- Auxílio no planejamento das atividades domésticas e comunitárias.
- Auxílio na adaptação psico-emocional frente às limitações.

Fonte: Etel's - Terapia Ocupacional

Atendimento Domiciliar - Idosos


Desenvolvemos adaptações do ambiente (segurança do lar), treinos e orientações específicas para familiares e/ou cuidadores, e serviços especializados para atender à várias patologias (físicas e/ou mentais) que acometem os idosos.

Dentre as formas de atenção, o atendimento domiciliar, é aquele que proporciona ao Terapeuta Ocupacional, um maior contato com a família do idoso, facilitando a aproximação da terapia com a realidade do paciente, e colaborando na promoção e manutenção de laços afetivos entre idosos e familiares, garantindo portanto o apoio destes, e proporcionando esclarecimentos acerca das maneiras de lidar com os idosos com limitações, ou seja uma ação educativa com a família.
A compreensão dos tipos de relacionamentos estabelecidos com os idosos, proporciona ao terapeuta uma idéia de qual espaço o paciente ocupava no lar, e saber quais pessoas de sua convivência podem colaborar diretamente com a terapia.
As situações cotidianas estão incluídas num processo terapêutico mais próximo da realidade do idoso, pois abrangem algumas de suas necessidades mais primárias ( atividades da vida diária ) e outras mais secundárias.
A adequação de atividades diversas e da estrutura física domiciliar, quando necessárias, devem levar em conta os aspectos culturais particulares do idoso e sua família. Um capítulo a parte pode ser destinado a este conteúdo, disciplinas como a Ergonomia, o Desenho Industrial e a Arquitetura, compartilham deste conhecimento e propósito. A Terapia Ocupacional muito pode fazer no sentido de adequar o domicílio, ou o lugar onde o idoso reside, principalmente se este idoso faz uso de adaptações ou recursos de tecnologia assistiva. No caso dos idosos, o ambiente físico pode ser um fator de risco para várias desordens de saúde se não estiver bem adaptado às suas dificuldades e necessidades. Dentre elas destacam-se as quedas e outros acidentes semelhantes. Uma questão também pertinente é a da independência nas atividades da vida diária. Um planejamento físico adequado pode proporcionar ao idoso com deficiências ou dificuldades uma maior autonomia e segurança dentro do lar.

Fonte: Etel's - Terapia Ocupacional

Objetivos da Terapia Ocupacional

Promover e manter a saúde, restaurar e/ou reforçar capacidades funcionais, facilitar a aprendizagem de funções essenciais e desenvolver habilidades adaptativas visando auxiliar o indivíduo a atingir o grau máximo possível de autonomia no ambiente social, doméstico, de trabalho e de lazer, tornando-o produtivo e proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Fonte: Etel's - Terapia Ocupacional

terça-feira, 6 de julho de 2010

Áreas de Atuação da Terapia Ocupacional

•Clínicas e consultórios particulares;
• Assistência domiciliar;
• Hospitais gerais e especializados;
• Centros de reabilitação;
• Ambulatórios de saúde mental e centros de atenção psicossocial;
• Programas públicos de atenção à saúde da criança e do adolescente;
• Programas sócio-educativos para o menor infrator;
• Empresas, área de prevenção de acidentes/ergonomia, treinamento de pessoal e desenvolvimento de projetos;
• Centros de atenção à pessoa idosa;
• Escolas regulares em programas de inclusão social e escolas especializadas para portadores de necessidades especiais;
• Cooperativas de trabalho de populações marginalizadas;
• Organizações não governamentais.

Fonte: Etel's - Terapia Ocupacional

O que é Terapia Ocupacional?

Poucas pessoas conhecem a profissão e, principalmente, como a exercemos.

A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da Saúde com atenção voltada para as atividades humanas.

Utilizamos atividades para reabilitação e tratamento de indivíduos ou grupos que necessitem de cuidados físicos, sensoriais, psicológicos e/ou sociais.
As atividades utilizadas não têm a intenção de passar ou ocupar o tempo do paciente. Para isso, não seria necessário uma formação superior, fazer especializações e ter um registro no Conselho Federal para regulamentar a profissão, para aplicar atividades apenas com intuito de ocupar o tempo temos profissionais como oficineiros e recreacionistas.

Atendimento Terapêutico Ocupacional compõe-se em:
• - Entrevista e anamnese junto ao paciente, e se necessário junto à família;

• Avaliar o paciente na disfunção (limitação apresentada), considerando-se a queixa principal que o paciente traz, correlacionando-a à sua relação com o mundo;


• - Estabelecer os OBJETIVOS TERAPÊUTICOS, se possível em conjunto com o paciente e/ou família, destacando e ordenando as prioridades do tratamento, idealizando assim um cronograma a fim de gerar um parâmetro de tempo e possibilidades atingíveis e reais;

• - Selecionar e aplicar métodos, técnicas e recursos apropriados ao tratamento, e adequados à realidade sócio-econômica e cultural do paciente;


• Criar, estimular e desenvolver condição e/ou situações que favoreçam o desencadeamento do processo terapêutico;

• - Desenvolver e Avaliar sistematicamente o programa estabelecido, tendo sempre como valor e referência básica para seu trabalho o respeito à condição humana daquele que está sob nossos cuidados;


• - E por fim realizar a avaliação para saber a evolução do paciente e assim identificar o momento de sua alta.


De um modo geral, a função do Terapeuta Ocupacional é restabelecer as perdas físicas, mentais e sociais, que causam desajuste no cotidiano do paciente, avaliando as atividades que ele não consegue realizar ou que estejam prejudicadas, e o que esta impossibilitando de realizá-las, então oferecemos a reabilitação, para que ela volte a realizar as atividades que antes não conseguia fazer. Assim lhe proporcionando melhor qualidade de vida.