Este Blog, tem o intuito de esclarecer a atuação da Terapia Ocupacional nas diversas áreas de atuação, trazendo a quem necessita, possibilidade de tratamento e melhor qualidade de vida. "Nós Terapeutas Ocupacionais não temos o poder de aumentar o tempo de vida de nossos pacientes, mas temos o poder de aumentar a vida destes dias." (João Galdino)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Terapia Ocupacional nas Empresas
A Terapia Ocupacional contribui nas empresas com 3 níveis de atuação tais como:
No Nível Primário ou Preventivo o Terapeuta Ocupacional busca analisar o processo de trabalho, conhecendo detalhadamente a função de cada trabalhador sugerindo aos responsáveis pela empresa ou instituição, quando necessário, a modificação no processo do mesmo (ambiente, organização, rotina, mobiliário, etc). Este trabalho é realizado sob a supervisão do Terapeuta Ocupacional no ambiente de trabalho e sob a forma de palestras educativas, informativas, conscientizando o funcionário sobre a importância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), sobre patologias relacionadas ao trabalho e de uma postura adequada na realização do mesmo. Neste nível o Terapeuta Ocupacional utiliza-se de um programa de atividades terapêuticas como ginástica laboral, dinâmicas de grupos, exercícios de alongamento e relaxamento visando a prevenção ou diminuição de acidentes e doenças ocupacionais, promovendo uma melhor relação interpessoal (trabalhadores x trabalhadores, trabalhadores x empresa), proporcionando momentos de satisfação, recarga do potencial energético, lazer e auto-conhecimento, aumentando assim a produtividade, a motivação, a diminuição do absenteísmo e vencer situações geradoras de stress.
No Nível Secundário ou Curativo o Terapeuta Ocupacional realiza uma avaliação do trabalhador, observando aspectos como dor, limitação da amplitude de movimento (ADM), presença de encurtamentos, força muscular (FM), coordenação motora e níveis de stress, objetivando o interesse pela atividade que exerce, trabalhando os aspectos alterados através do processo terapêutico individual e/ou grupal, utilizando atividades auto-assistidas, ativas e ativo-resistidas, atividades auto-expressivas, lúdicas, artesanais, alongamentos, relaxamentos, além de orientações para as atividades de vida diária e de vida prática. Quando o trabalhador se encontra neste nível deve ser afastado do trabalho ou remanejado para realizar outra atividade. No processo Terapêutico Ocupacional, devemos proporcionar ao homem não só a recuperação do corpo, naquilo que for possível, mas antes de tudo de si mesmo.
No Nível Terciário ou Reabilitador o Terapeuta Ocupacional trabalha aspectos alterados, contribuindo para a prevenção de deformidades e para a manutenção da capacidade residual, promovendo, quando necessário a troca de lateralidade, indicando junto ao trabalhador e à equipe uma nova função (readaptação/remanejamento), ou a indicação de órteses ou próteses que facilitem o desempenho das diversas atividades como as atividades de vida diária (AVD) e atividades de vida prática (AVP), o Terapeuta Ocupacional acompanha cada trabalhador a nova e/ou antiga função.
http://www.profala.com/artto10.htm
Terapia Ocupacional e Hospitalização Materno infantil
A hospitalização é um período traumático para criança, onde parece ficar esquecido sua necessidade por um espaço físico, atividades e atenção adequada à sua faixa etária. Podendo comprometer seu desenvolvimento normal, devido à mudanças em sua rotina e ao processo de adaptação à nova realidade que seria a Rotina hospitalar: exames, procedimentos dolorosos, horários, visitas, etc.
A criança deixa para trás o seu mundo: os pais, a casa, os irmãos, a escola, os amigos, os bichos de estimação, os brinquedos. Os acompanhantes, em sua maioria as mães, estão presentes, mas há angústia em seus semblantes, a internação é um momento no qual, além da doença, vivenciam momentos dolorosos, causando medo e emoções de sofrimento ou morte.
Partindo dessas alterações, ocorridas repentinamente na vida da criança, é importância incluir uma assistência adequada e que visem, através de ações lúdicas, minimizar os efeitos da hospitalização e prevenir sofrimentos mentais (psicológicos).
Utilizar o lúdico como recurso terapêutico, proporciona às mesmas o direito de brincar e a continuidade do seu desenvolvimento nas áreas física, afetiva, cognitiva, pessoal e social. Favorece também uma melhora na qualidade de vida dessas crianças, facilitando a prática da equipe multidisciplinar.
Dentre possíveis estratégias utilizadas pela criança para enfrentar o processo da hospitalização, encontra-se o brincar e a leitura, sendo essas práticas próprias de seu momento de vida, nas quais ela descobre, experimenta, inventa, exercita e confere suas habilidades, além de terem estimuladas a criatividade, a iniciativa e a autoconfiança.
O recurso lúdico disponibilizados, não impede que a criança vivencie momentos dolorosos, mas possibilita que ela libere sentimentos de raiva e hostilidade provocados pelo tratamento e por suas conseqüências. Dessa forma, colabora-se para que a criança possa ampliar seus conhecimentos sobre o seu corpo e os procedimentos terapêuticos a que será submetida.
Com atividades que possuam uma seqüência, começo, meio e fim, com o propósito de educar e informar as crianças sobre a necessidade das regras na vida.
A Terapia Ocupacional tem como objetivo a aproximação entre todas as pessoas envolvidas no processo de hospitalização, contribuindo para a humanização e o enriquecimento do ambiente hospitalar, proporcionando alegria com a implantação de algo novo na rotina das crianças hospitalizadas, estimulando à se tornar mais independente, além de estimular sua comunicação e a melhor aceitação do tratamento.
Crianças de zero a dois anos: Essa fase é propícia para os estímulos visual e sonoro, para a qual são importantes: brinquedos coloridos, que se movimentam, sonoros e de pano. Livrinhos com figuras coloridas e de montagem chamam a atenção e divertem as crianças e seus acompanhantes.
O importante é valorizar os campos visual e auditivo, aspectos importantes para a aprendizagem, e não esquecer que, nessa fase, a criança recebe informações através dos sentidos, levando tudo à boca, aumentado o cuidado da equipe e dos acompanhantes, tendo em vista o momento de vida.
Nesse período, as crianças gostam de manipular objetos - retirar, colocar, atirar, empilhar, entre outras atividades -, tornando-se importante oferecer muitos materiais para isso.
Crianças entre 2 e 12 : Nessa fase, as crianças começam a relacionar tudo o que acontece ao redor com seus sentimentos e ações. A linguagem verbal se desenvolve bastante, a criança quer saber o nome de tudo e define as coisas pela sua função. Começa o interesse pela leitura, e há o gosto de reconhecer figuras. O faz-de-conta se faz presente, reproduzindo o seu cotidiano.
Coelho (2000: 15 e 35)15 afirma que: A literatura infantil e, principalmente, os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta. O maniqueísmo que divide as personagens em boas e más, belas e feias, poderosas ou fracas, etc., facilita, à criança, a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou do convívio social.
Essa afirmação nos faz entender que, ao lermos uma boa narrativa, de alguma forma, sabemos que, naquele momento, estamos recebendo informações de outra ordem e que, através das histórias, somos capazes de viver muito além da nossa realidade. Enquanto acompanhamos os encontros e desencontros dos personagens, temos a oportunidade de refletir sobre os nossos próprios problemas, solidificando, assim, a idéia de que crianças hospitalizadas precisam se abstrair do momento em que vivem.
Os pacientes de 12 anos em diante demonstraram inicialmente mais timidez. O interesse pelos contos de fadas e pelas sagas ainda é evidente nessa fase, mas também começa a surgir o anseio pelas aventuras.
O jogo, como recurso integrador, é fundamental para despertar o interesse da criança. À medida que joga, ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo e desenvolvendo habilidades operatórias. Ela vai reconhecendo suas possibilidades e desenvolvendo, cada vez mais, a autoconfiança.
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis: jogo de exercício, jogo simbólico/dramático, jogo de construção e jogo de regras. A importância do jogo de regras, segundo o autor, se dá quando a criança aprende a lidar com a delimitação - no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida -, com o que pode ou não pode fazer, garantindo, assim, uma certa regularidade que organiza a ação, tornando-a orgânica.
Para as crianças hospitalizadas, esse reconhecimento da delimitação do espaço e do tempo e o respeito às regras, seja através do jogo, seja dos livros infantis, torna-se imprescindível, tendo em vista as restrições do tratamento. Observa-se que o encanto pelos livros é intenso, principalmente pelos contos de fadas.
Para Bettelheim, o conto de fadas ajuda a nos entendermos melhor, transmitindo à criança uma compreensão intuitiva e subconsciente de sua própria natureza e do que o futuro pode lhe reservar se ela desenvolver seus potenciais positivos. O autor afirma ainda que a criança, com os contos de fadas, percebe que o ser humano, neste nosso mundo, tem de aceitar desafios difíceis, mas, por outro lado, pode também vivenciar aventuras maravilhosas.
Acredita-se que ainda há muito por se fazer nessa área da hospitalização infantil, como, por exemplo, trabalhar as questões da socialização, da integração e da própria inclusão. Procurou-se desmistificar o pavor da rotina hospitalar, transformando-a em brincadeiras lúdicas, que podem ajudar a criança a aliviar e resolver conflitos e até lidar com eles, assim como conversar com naturalidade com crianças e pais, reduzindo o medo e a angústia originados pela doença e pelos períodos de internamento.
Referências
1 Rossit RAS, Kovacs, ACTB. Intervenção essencial de terapia ocupacional em enfermaria pediátrica. Cad Terap Ocup UFSCar. 1998; 7: 58-67. [ Links ]
3 Terra MR. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em URL: http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005. htm [2005 jul 15]. [ Links ]
4 Coelho NN. A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade. In: Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna; 2000. Pt.1: p.14-45. [ Links ]
5 Bamberger R. Como incentivar o hábito de leitura. 4 ed. São Paulo: Ática; 1988. [ Links ]
6 Zacharias VLCF. O jogo simbólico. Disponível em URL: http://www.centrorefeducacional.com.br/ojogosim.html. [2004 out 17]. [ Links ]
7 Bettelheim B. Sobre a narrativa dos contos de fadas. In: A psicanálise dos contos de fadas. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2002. p. 185-91. [ Links ]
8 Meirelles S, Oliveira AL. Porque as histórias são importantes para a saúde das crianças. [São Paulo]:Fundação Abrinq; [2002]. [ Links ]
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Amputação e Reabilitação
A reabilitação poderá ser composta por uma equipe multidisciplinar.
O Terapeuta Ocupacional e o Fisioterapeuta são profissionais que permanecerão com você provavelmente durante longo período, quase que diariamente, até que encerre sua reabilitação física, com ou sem prótese.
Desenvolverão em você, melhora de suas potencialidades, treinando-o para que volte a desempenhar o mais próximo possível da normalidade todas as atividades de vida diária.
Realizaram seu treinamento com prótese (membro artificial), para que você consiga andar sozinho, ou fazer atividades com os braços.
O Fisioterapeuta atua mais com amputados de membros inferiores (pernas), enquanto o Terapeuta Ocupacional mais com os de membros superiores (braços).
http://www.proreabilitacao.com.br/pdfs/guia_pratico.pdf
Amputação
É fundamental e indispensável que a pessoa se aceite, para que tenha uma vida de melhor objetividade e possa exercer sua cidadania plena.
O membro doente (perna / braço) que você tinha, prejudicado esteticamente, por exemplo, por deficiência da circulação sanguínea, dor intensa, coloração alterada, não permitindo você andar, inflamado ou infectado, se não fosse amputado no momento certo (após todas as tentativas de tratamento para manutenção do mesmo), causaria certamente danos graves para outras regiões / órgãos do corpo. Então a RESTAURAÇÃO foi providenciada pelo cirurgião, no momento certo, com responsabilidade profissional, quando o risco de morte seria uma ameaça para você.
A reflexão primordial pauta-se em três (3) fatores a serem inicialmente trabalhados, e que são de fundamental importância para êxito do programa de Reabilitação e para aceitação da situação:
1. FAMÍLIA: Sem dúvida o fator mais importante - A essência da estabilidade Família estruturada, onde todos apóiam e se preocupam com cada um e vice-versa, onde o respeito e carinho fazem parte do sentimento diário de todos, certamente será o melhor remédio. Busque seus familiares, confie neles, manifeste seus medos e inseguranças, peça ajuda, porque é no lar que tudo pode se resolver, da melhor forma possível, com sua ajuda e sua iniciativa. Muito das soluções dos seus problemas, estão em suas mãos, a iniciativa terá que ser sua principalmente.
2. EMOCIONAL: É normal a tristeza e às vezes revolta, incerteza, ansiedade, angústia ou depressão, encontrarem terreno fértil para alterar o equilíbrio emocional, frente à possibilidade de amputação em um membro.
Não deve ser normal, e devemos impedir que seja normal, a “alimentação” constante ou permanente de pensamentos negativos e sentimentos de “menos valia” que, tornando-se duradouros, prejudicam e fragilizam a auto-estima.
O comprometimento emocional que consideramos normal, é aquele aceitável temporariamente, e com sinais clínicos leves ou até moderados, mas sempre temporários. O “tempo” varia em cada pessoa, não existe um limite matematicamente preciso, porém podemos sugerir um sinal de alerta para a busca de ajuda, se após 1 ou 2 meses da amputação há evidência de quadro depressivo significativo. Havendo necessidade de ajuda emocional, dependendo do seu perfil e variáveis, como por exemplo, idade, domicílio / moradia, acessibilidade, outros, aconselhamos o que for mais prático ou viável a você: conversar suas dificuldades inicialmente com seus familiares, mas também (se necessário) com seu médico / membro da Equipe de Reabilitação com quem tenha mais afinidade / com quem você esteja fazendo o tratamento físico (fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional) / solicitar uma avaliação Psicológica ou Psiquiátrica / outras opções. As palavras chaves nesta situação são: conversar, se comunicar, procurar (ajuda). O importante é você perceber que necessita de ajuda; não havendo necessidade de ajuda (extra) do ponto de vista emocional, siga em frente no caminho da Reabilitação, parabéns por não ter permitido seu enfraquecimento interior, parabéns por ter conseguido equilibrar-se nos momentos difíceis pelos quais passou ou passa, e parabéns por estar buscando sua plena Reabilitação.
3. FÍSICO: Entre os 3 fatores que constituem os “pilares de sustentação”, este é técnico, concreto, visível e palpável pela pessoa com amputação e pelos outros que o olham com tanta curiosidade.
Na realidade é o coto de amputação, os sintomas que o afetam, os procedimentos empregados no tratamento, os auxiliares de locomoção e próteses, a acessibilidade aos Serviços de Reabilitação e às Instituições Previdenciárias, a Reabilitação Profissional, trabalho e emprego. São providências que a pessoa com amputação, precisa resolver, precisa fazer, precisa buscar, precisa cumprir seus deveres e exigir seus direitos, exercer a cidadania plena, motivo pelo qual precisa trabalhar bem primeiramente no âmbito familiar e no seu emocional.
Principais causas de amputações:
1. Vascular ou Circulatória: Comprometimentos de circulação sanguínea em veias, artérias ou em vasos linfáticos dos membros;
2. Traumática: Acidentes de qualquer natureza, automobilísticos, elétricos, soterramentos, queimaduras elétricas, projéteis de armas de fogo, outras.
3. Tumoral: Tumores ósseos ou em tecidos moles, de natureza maligna – câncer;
4. Inflamatória / Infecciosa: De qualquer natureza, como por exemplo: Hanseníase, Doença de Hansen, Lepra, osteomielite pós-fraturas, picada por animais peçonhentos (cobra), pós queimaduras graves em tecidos causadas pelo frio ou calor (fogo).
5. Congênita (criança nasce com membro deformado ou ausente).
O que é coto e o que é prótese?
COTO é o que restou do membro que foi amputado. O coto pode ser curto, médio ou longo. PRÓTESE é um aparelho Ortopédico, o “membro artificial” que será adaptado sobre o coto; vai substituir o membro natural ou parte dele que foi amputado. Popularmente, prótese é conhecida como “braço ou perna mecânica”. Esclarecendo que REABILITAÇÃO DE AMPUTADOS não é sinônimo de PROTETIZAÇÃO, todas as pessoas com amputação necessitam de REABILITAÇÃO, mas nem todas de PROTETIZAÇÃO.
http://www.proreabilitacao.com.br/pdfs/guia_pratico.pdf
O membro doente (perna / braço) que você tinha, prejudicado esteticamente, por exemplo, por deficiência da circulação sanguínea, dor intensa, coloração alterada, não permitindo você andar, inflamado ou infectado, se não fosse amputado no momento certo (após todas as tentativas de tratamento para manutenção do mesmo), causaria certamente danos graves para outras regiões / órgãos do corpo. Então a RESTAURAÇÃO foi providenciada pelo cirurgião, no momento certo, com responsabilidade profissional, quando o risco de morte seria uma ameaça para você.
A reflexão primordial pauta-se em três (3) fatores a serem inicialmente trabalhados, e que são de fundamental importância para êxito do programa de Reabilitação e para aceitação da situação:
1. FAMÍLIA: Sem dúvida o fator mais importante - A essência da estabilidade Família estruturada, onde todos apóiam e se preocupam com cada um e vice-versa, onde o respeito e carinho fazem parte do sentimento diário de todos, certamente será o melhor remédio. Busque seus familiares, confie neles, manifeste seus medos e inseguranças, peça ajuda, porque é no lar que tudo pode se resolver, da melhor forma possível, com sua ajuda e sua iniciativa. Muito das soluções dos seus problemas, estão em suas mãos, a iniciativa terá que ser sua principalmente.
2. EMOCIONAL: É normal a tristeza e às vezes revolta, incerteza, ansiedade, angústia ou depressão, encontrarem terreno fértil para alterar o equilíbrio emocional, frente à possibilidade de amputação em um membro.
Não deve ser normal, e devemos impedir que seja normal, a “alimentação” constante ou permanente de pensamentos negativos e sentimentos de “menos valia” que, tornando-se duradouros, prejudicam e fragilizam a auto-estima.
O comprometimento emocional que consideramos normal, é aquele aceitável temporariamente, e com sinais clínicos leves ou até moderados, mas sempre temporários. O “tempo” varia em cada pessoa, não existe um limite matematicamente preciso, porém podemos sugerir um sinal de alerta para a busca de ajuda, se após 1 ou 2 meses da amputação há evidência de quadro depressivo significativo. Havendo necessidade de ajuda emocional, dependendo do seu perfil e variáveis, como por exemplo, idade, domicílio / moradia, acessibilidade, outros, aconselhamos o que for mais prático ou viável a você: conversar suas dificuldades inicialmente com seus familiares, mas também (se necessário) com seu médico / membro da Equipe de Reabilitação com quem tenha mais afinidade / com quem você esteja fazendo o tratamento físico (fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional) / solicitar uma avaliação Psicológica ou Psiquiátrica / outras opções. As palavras chaves nesta situação são: conversar, se comunicar, procurar (ajuda). O importante é você perceber que necessita de ajuda; não havendo necessidade de ajuda (extra) do ponto de vista emocional, siga em frente no caminho da Reabilitação, parabéns por não ter permitido seu enfraquecimento interior, parabéns por ter conseguido equilibrar-se nos momentos difíceis pelos quais passou ou passa, e parabéns por estar buscando sua plena Reabilitação.
3. FÍSICO: Entre os 3 fatores que constituem os “pilares de sustentação”, este é técnico, concreto, visível e palpável pela pessoa com amputação e pelos outros que o olham com tanta curiosidade.
Na realidade é o coto de amputação, os sintomas que o afetam, os procedimentos empregados no tratamento, os auxiliares de locomoção e próteses, a acessibilidade aos Serviços de Reabilitação e às Instituições Previdenciárias, a Reabilitação Profissional, trabalho e emprego. São providências que a pessoa com amputação, precisa resolver, precisa fazer, precisa buscar, precisa cumprir seus deveres e exigir seus direitos, exercer a cidadania plena, motivo pelo qual precisa trabalhar bem primeiramente no âmbito familiar e no seu emocional.
Principais causas de amputações:
1. Vascular ou Circulatória: Comprometimentos de circulação sanguínea em veias, artérias ou em vasos linfáticos dos membros;
2. Traumática: Acidentes de qualquer natureza, automobilísticos, elétricos, soterramentos, queimaduras elétricas, projéteis de armas de fogo, outras.
3. Tumoral: Tumores ósseos ou em tecidos moles, de natureza maligna – câncer;
4. Inflamatória / Infecciosa: De qualquer natureza, como por exemplo: Hanseníase, Doença de Hansen, Lepra, osteomielite pós-fraturas, picada por animais peçonhentos (cobra), pós queimaduras graves em tecidos causadas pelo frio ou calor (fogo).
5. Congênita (criança nasce com membro deformado ou ausente).
O que é coto e o que é prótese?
COTO é o que restou do membro que foi amputado. O coto pode ser curto, médio ou longo. PRÓTESE é um aparelho Ortopédico, o “membro artificial” que será adaptado sobre o coto; vai substituir o membro natural ou parte dele que foi amputado. Popularmente, prótese é conhecida como “braço ou perna mecânica”. Esclarecendo que REABILITAÇÃO DE AMPUTADOS não é sinônimo de PROTETIZAÇÃO, todas as pessoas com amputação necessitam de REABILITAÇÃO, mas nem todas de PROTETIZAÇÃO.
http://www.proreabilitacao.com.br/pdfs/guia_pratico.pdf
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